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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cuidador: Profissão ou Missão?






Espero que após a leitura que compartilhem também dessa ideia de se ter um cuidador no âmbito escolar para as pessoas com deficiência, Rosa LopesBjs!!!!!!


No dicionário de Língua Portuguesa, a palavra cuidador tem o significado de "que ou quem trata, toma conta de(alguém ou algo); que ou aquele que mostra zeloso, diligente para com outrem". Certamente, o glossário está correto em sua significação.Mas para as pessoas com deficiência, o cuidador extrapola essa definição. Ele está ligado ao conforto, à segurança e à ampliação do convívio social.

Em todo o Brasil, os quase 25 milhões de pessoas deficientes precisam de cuidados especiais. Para isso, entra em cena o cuidador, que pode ser ou não alguém da família. "Tenho quatro cuidadores e eles são meus braços direito e esquerdo", revelão o empresário João Pacheco Neto, proprietário da loja virtual Como Ir.
Neto ficou tetraplégico depois de um mergulho mal-sucedido há 10 anos. Desde então, após uma liminar judicial, ele conseguiu o direito de ter esses cuidados durante o dia, com despesas pagas pelo seguro saúde, e à noite, com seu próprio investimento. "Moro sozinho e são eles que possibilitam a minha vida", explica.

Sidnei da Costa, técnico em enfermagem é um dos cuidadores do empresário. Eles estão juntos há cinco anos. "O trabalho é muito prazeroso e saio sempre no lucro, pois estou satisfazendo o próximo", diz Sidnei emocionado. De acordo com o cuidador, para exercer a atividade é preciso vocação. "A pessoa com deficiência não é um doente que está jogado na cama, se trata de um ser humano que precisa de cuidados especiais".

Costa exerce a atividade há sete anos e está sempre se especializando para atender as necessidades impostas pela profissão. Além da formação de técnico, ele possui outros 16 cursos de especialização. "O profissional tem que continuar estudando e se aperfeiçoando", comenta.

A longevidade dos deficientes, e sua maior participação na vida profissional e social, trouxe à tona a necessidade de um profissional que pudesse acompanhar a nova fase, mas com os atributos especiais para lidar com essa parcela da população.

"A história da atividade de cuidador começou com os próprios familiares dessas pessoas, informalmente", conta Germana Savoy, psicóloga e uma das pioneiras em ministrar esse tipo de curso. Aos poucos, com a transformação da sociedade e a ampliação das necessidades, a atividade de cuidador foi crescendo e se desenvolvendo, caminhando para uma regulamentação.

Segundo Germana, o objetivo da maioria dos cursos, como os ministrados por ela, é repassar orientações teóricas e práticas para o exercício da sua atividade, no sentido de melhorar a qualidade de vida e o convívio no lar das pessoas que necessitam desses cuidados. "Ser cuidador é uma atividade muito nobre e começa com um olhar generoso, empatia e carinho", enfatiza.

A psicóloga ainda alerta que o cuidador pode ser um grande aliado na proteção do paciente e um elo importante com a equipe do home care e ou médica. "Lidar com o crônico é desafiador e requer uma característica pessoal, que alia técnica e muito do perfil e da personalidade de cada um". Para ela, o cuidador é um agente de qualidade de vida. Porém Germana afirma que o cuidador é uma vocação e sempre que possível tenta desestimular aqueles que querem trabalhar apenas como opção profissional."Essa é uma atividade complexa e não recomendo apenas como meio para ganhar a vida".

Hoje, dos cursos e profissionais encontrados pela reportagem da Sentidos, não existe um denominador comum quanto ao número de horas/aula. Porém, todos têm o mesmo objetivo, o de preparar as pessoas que já exercem essa função ou pretendem trabalhar com a atividade nos cuidados com as pessoas com deficiência.

As aulas abordam conhecimentos básicos de aparelhos (sondas vesicais, nasais, traqueostomia, colostomia, etc.); transferência e posicionamento adequado ( deitado, sentado e em pé); massagem de conforto e profilaxia de escara; auxílio para locomoção (cadeira de rodas, muletas, andadores e bengalas); banho seguro; entre outros assuntos. Algumas apresentam palestras de profissionais da área de saúde e trazem pessoas que já são cuidadas para falar de suas experiências.

A ocupação de cuidador integra a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO sob o código 5162, que define o cuidador com alguém que "cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoas, educação, cultura, recreação e lazer". É a pessoa, da família ou da comunidade, que presta cuidados à outra de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem remuneração.

Fonte: Revista Sentidos


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