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quarta-feira, 28 de julho de 2010

O DISCURSO DO BOM DIA A TODOS E A TODAS!!




Habituou-se falar em inícios de discursos o" bom dia a todos e a todas" .Eu pessoalmente tinhas minha opinião sobre o tema , e já presenciei varias discussões a respeito e resolvi pesquisar e achei este artigo muito interessante do ilustríssimo Roberto Leiser Baronas. Que corrobora com que eu pensava, espero que gostem.

Bjks Rejane Santos

SEXO NA LÍNGUA

Roberto Leiser Baronas
Já há algum tempo ouço no início da fala pública de algumas pessoas, em forma de cumprimento, o(s) seguinte(s) enunciado(s): bom dia, boa tarde ou boa noite a todos e a todas. Convém dizer que esse uso lingüístico, marcando sexualidade no vocábulo “todos”, se transformou numa verdadeira moda não só em nosso país, mas também na maioria dos países lusófonos. Diante do uso reiterado desse tipo de enunciado(s) e a estranheza que ele me causa e, a alguns colegas lingüistas, fui mobilizado a escrever este texto tecendo algumas breves considerações. Chamo de estranheza, pois a maioria das pessoas que ouvi dizer esse enunciado possui um alto grau de escolarização, portanto, pelo menos em tese, pessoas acostumadas submeter a realidade à crítica.
Quando esses falantes enunciam tais cumprimentos, o fazem confundindo sistema abstrato de regularidades (fonológicas, morfológicas, sintáticas), com o funcionamento discursivo desse sistema. Caso não existisse essa diferenciação, poderíamos pensar na seguinte analogia: se a sociedade é constituída por diferentes grupos sociais e a língua é o reflexo desses grupos, teríamos então tantas línguas quanto são os grupos sociais. Ou grosso modo exemplificando, nós trabalhadores teríamos uma língua distinta da dos burgueses. E isso é um óbvio absurdo.
Uma outra confusão que esse tipo de falante faz, embora acredite ser politicamente correto, é confundir gênero gramatical com gênero sexual. Na Lingüística Brasileira, essa distinção foi feita ainda nos anos sessenta do século passado por Mattoso Câmara, um dos nossos primeiros lingüistas. Ao descrever a língua portuguesa, no capítulo sobre morfologia, o professor Mattoso Câmara nos chama a atenção para o fato de que diferentemente do que advogam muitas das gramáticas normativas do português, todos os nomes da língua portuguesa (substantivos, adjetivos) possuem gênero gramatical, mas só alguns possuem gênero sexual. Assim, é equivocada a interpretação que, a partir de uma relação direta entre língua e sociedade ou cultura, vê indícios de discriminação contra a mulher no enunciado bom dia a todos. É como se o sentido do vocábulo “todos” estivesse preso ao único referente: ser humano do sexo masculino. Nesse caso e, ampliando um pouco mais a questão, como ficaria o cumprimento aos homossexuais?
Diante do que foi enunciado até aqui, acredito que esteja ficando mais "entendível" a tese implícita de que entre língua, sociedade ou cultura as relações não sejam tão diretas, como imaginam as pessoas que produzem tais enunciados. Com isso, não estou querendo dizer que a língua não seja o lugar privilegiado de materialização de ideologias. Pelo contrário, o que estou tentando enfatizar é que o sistema, enquanto conjunto de regularidades lingüísticas possui uma relativa autonomia em relação às ideologias.
Acredito que o enunciado seja relativamente suficiente para nos mostrar que as relações entre língua e sociedade ou cultura se dão no uso efetivo da língua, estes entendidos não como uma mensagem ou informação, mas como a linguagem em processo de discursivização. O que implica dizer que o machismo, ou o preconceito étnico, ou sexual, ou qualquer outro tipo de deformação da realidade se inscreve na ordem do discurso e não na ordem da língua (fonologia, morfologia, sintaxe).
Assevero que esse tipo de cumprimento faça parte de um discurso maior que vem tomando conta da nossa sociedade. Atualmente todos os nossos sentimentos e práticas são calculados, espetacularizados e positivados por uma espécie de humanismo político de "boas intenções". Trata-se de um movimento ocidental que se constitui numa espécie de cruzada iluminista que esclarece sobre o uso não-sexista da língua, pedofilia, machismo, drogas, homossexualismo, violência doméstica, idosos, ecologia, armas, preconceito racial que produz e comercializa um imaginário de cidadania. Nesse momento, nada, nem ninguém escapa desse fundamentalismo mercadológico de ocidentais práticas do politicamente correto.
Pensemos um pouco a respeito, caso contrário, corremos o risco de sair por aí dizendo bobagens tais como a de que a língua portuguesa é machista, pois a maioria dos palavrões pertence ao gênero feminino; que existe um "zoomorfismo" lingüístico no futebol brasileiro, pois temos porco para palmeirense; urubu para flamenguista; gavião para corintiano; peixe para santista; galo para atleticano e assim por diante. O anteriormente exposto evidencia que as Ciências da Linguagem têm muito a nos dizer sobre o funcionamento das línguas. Até um próximo encontro.

Roberto Leiser Baronas é Doutor em Lingüística e Professor no Departamento de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Lingüística da UFSCar

www.clickciencia.ufscar.br/portal/.../colunista_roberto

terça-feira, 27 de julho de 2010

Evolução da EaD



CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – UFU
ALUNO: REJANE PEREIRA DOS SANTOS / TURMA: 27/ TUTOR: ANA CÉLIA OLIVEIRA / DATA: 07/07/2010


EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

A educação a distância vem evoluindo com o crescimento arrebatado da Internet, da comunicação e do reconhecimento do potencial da rede em atuar na globalização. Esta modalidade de ensino tem uma longa história. Sua origem está nas experiências de educação por correspondência iniciadas no final do século XVIII e com largo desenvolvimento a partir de meados do século XIX (chegando atualmente a utilizar várias mídias, desde o material impresso a simuladores online. Hoje mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a educação a distância em todos os níveis de ensino, em programas formais e não¬ formais, atendendo a milhões de estudantes.

No Brasil a Educação a Distância foi normatizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Dezembro de 1996), em Fevereiro de 1998. No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio¬Monitor, em 1939, e depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, várias experiências foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e privadas foram muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de grandes contingentes de recursos.
Sendo um meio de incalculável importância para alagar, favorecer grandes contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços.Segundo Walter Perry e Greville Rumble (1987, 1¬2) :

A característica básica da educação a distância é o estabelecimento de uma comunicação de dupla via, na medida em que professor e aluno não se encontram juntos na mesma sala requisitando, assim, meios que possibilitem a comunicação entre ambos como correspondência postal, correspondência eletrônica, telefone ou telex, rádio, "modem", vídeo¬disco controlado por computador, televisão apoiada em meios abertos de dupla comunicação, etc. Afirmam, também, que há muitas denominações utilizadas correntemente para descrever a educação a distância, como: estudo aberto, educação não -tradicional, estudo externo, extensão.

O desenvolvimento da EaD pode ser descrito basicamente em três gerações, conforme os avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época.
Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso. Nesta modalidade, por exemplo, o pioneiro no Brasil é o Instituto Monitor, que, em 1939, ofereceu o primeiro curso por correspondência, de Radio técnico. Em seguida, temos o Instituto Universal Brasileiro atuando há mais de dezenas de anos nesta modalidade educativa, no país…
• Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período. Nesta fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;
Terceira geração que é a qual nus encontramos favorece ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazenadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide Web possibilitaram avanços na educação a distância nesta geração do século XXI. Hoje os meios disponíveis são: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, blogues, espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional entre alunos e tutores.

Em suma, segundo pesquisas, ensino a distância está em uso desde 1923 –Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro Neste longo percurso, sofreu várias discriminações pelos mais tradicionais acadêmicos, sendo considerado, durante muito tempo, como ensino de segunda categoria destinado às classes menos favorecidas economicamente Hoje em dia, não resta mais dúvidas sobre sua importância e relevância, percebemos que a educação a distancia teve uma grande evolução pois através dela abre-se leques de possibilidades e oportunidades pára novas aprendizados, imaginemos pessoas que em suas cidades não em acesso a determinados cursos e conseguem através do EaD .Com isso alem do papel educacional ela tem desempenhado um papel social de grande seriedade.


Referencia bibliográficas:
Breve histórico da educação a distância no brasil
pt.wikipedia.org/wiki/Educação_a_distância
www.proged.ufba.br/ead/EAD