![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoYQfSWkSLL4x9m7sir2k-s5oZ3ILu4R4RyW_fSYdtszskxlN8zU9jPSnZYnO_NY4_Mvx7FqKvhlSAQzsOA-mYlx8N8YWHyHXI3KyhHCi98yCwWVlyVMFrG-iRao-nLu1H-QrUNFz1x1e8/s320/cuidador.jpg)
![](file:///C:/DOCUME%7E1/Aluno1/CONFIG%7E1/Temp/moz-screenshot.png)
Espero que após a leitura que compartilhem também dessa ideia de se ter um cuidador no âmbito escolar para as pessoas com deficiência, Rosa LopesBjs!!!!!!
No dicionário de Língua Portuguesa, a palavra cuidador tem o significado de "que ou quem trata, toma conta de(alguém ou algo); que ou aquele que mostra zeloso, diligente para com outrem". Certamente, o glossário está correto em sua significação.Mas para as pessoas com deficiência, o cuidador extrapola essa definição. Ele está ligado ao conforto, à segurança e à ampliação do convívio social.
Em todo o Brasil, os quase 25 milhões de pessoas deficientes precisam de cuidados especiais. Para isso, entra em cena o cuidador, que pode ser ou não alguém da família. "Tenho quatro cuidadores e eles são meus braços direito e esquerdo", revelão o empresário João Pacheco Neto, proprietário da loja virtual Como Ir.
Neto ficou tetraplégico depois de um mergulho mal-sucedido há 10 anos. Desde então, após uma liminar judicial, ele conseguiu o direito de ter esses cuidados durante o dia, com despesas pagas pelo seguro saúde, e à noite, com seu próprio investimento. "Moro sozinho e são eles que possibilitam a minha vida", explica.
Sidnei da Costa, técnico em enfermagem é um dos cuidadores do empresário. Eles estão juntos há cinco anos. "O trabalho é muito prazeroso e saio sempre no lucro, pois estou satisfazendo o próximo", diz Sidnei emocionado. De acordo com o cuidador, para exercer a atividade é preciso vocação. "A pessoa com deficiência não é um doente que está jogado na cama, se trata de um ser humano que precisa de cuidados especiais".
Costa exerce a atividade há sete anos e está sempre se especializando para atender as necessidades impostas pela profissão. Além da formação de técnico, ele possui outros 16 cursos de especialização. "O profissional tem que continuar estudando e se aperfeiçoando", comenta.
"A história da atividade de cuidador começou com os próprios familiares dessas pessoas, informalmente", conta Germana Savoy, psicóloga e uma das pioneiras em ministrar esse tipo de curso. Aos poucos, com a transformação da sociedade e a ampliação das necessidades, a atividade de cuidador foi crescendo e se desenvolvendo, caminhando para uma regulamentação.
Segundo Germana, o objetivo da maioria dos cursos, como os ministrados por ela, é repassar orientações teóricas e práticas para o exercício da sua atividade, no sentido de melhorar a qualidade de vida e o convívio no lar das pessoas que necessitam desses cuidados. "Ser cuidador é uma atividade muito nobre e começa com um olhar generoso, empatia e carinho", enfatiza.
A psicóloga ainda alerta que o cuidador pode ser um grande aliado na proteção do paciente e um elo importante com a equipe do home care e ou médica. "Lidar com o crônico é desafiador e requer uma característica pessoal, que alia técnica e muito do perfil e da personalidade de cada um". Para ela, o cuidador é um agente de qualidade de vida. Porém Germana afirma que o cuidador é uma vocação e sempre que possível tenta desestimular aqueles que querem trabalhar apenas como opção profissional."Essa é uma atividade complexa e não recomendo apenas como meio para ganhar a vida".
Hoje, dos cursos e profissionais encontrados pela reportagem da Sentidos, não existe um denominador comum quanto ao número de horas/aula. Porém, todos têm o mesmo objetivo, o de preparar as pessoas que já exercem essa função ou pretendem trabalhar com a atividade nos cuidados com as pessoas com deficiência.
As aulas abordam conhecimentos básicos de aparelhos (sondas vesicais, nasais, traqueostomia, colostomia, etc.); transferência e posicionamento adequado ( deitado, sentado e em pé); massagem de conforto e profilaxia de escara; auxílio para locomoção (cadeira de rodas, muletas, andadores e bengalas); banho seguro; entre outros assuntos. Algumas apresentam palestras de profissionais da área de saúde e trazem pessoas que já são cuidadas para falar de suas experiências.
A ocupação de cuidador integra a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO sob o código 5162, que define o cuidador com alguém que "cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoas, educação, cultura, recreação e lazer". É a pessoa, da família ou da comunidade, que presta cuidados à outra de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem remuneração.
Fonte: Revista Sentidos
Nenhum comentário:
Postar um comentário