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Profissionais dedicadas e apaixonadas pelo que fazemos. Rosa:Graduada em pedagogia pela Universidade Federal do Amapá com especialização em Educação Especial e Inclusão Socio Educacionalpela Faculdade Santa Fé (MA) Rejane: Professora,Pedagoga pela Universidade Federal do Amapá(AP). Psicopedagoga clinica e Institucional-faculdade Santa Fé (MA)Especialização na educação de alunos com deficiência visual IBC (RJ) em Educação Especial e Inclusão social faculdade Santa Fé (MA). Estamos a disposição para consultoria,palestras, cursos e oficinas com foco em Educação Especial.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O que as pessoas imaginam sobre as pessoas com deficiência intelectual



O mito 1: as pessoas com deficiência intelectual são mais carinhosas e dóceis.

A realidade 1: as pessoas com deficiência intelectual são, em geral, bem dispostas, carinhosas e gostam de se comunicar. Mas, não são MAIS ou MENOS. São apenas pessoas que podem ou não ter essas características.

O mito 2: as pessoas com deficiência intelectual são doentes.

A realidade 2: a deficiência intelectual pode ser conseqüência de uma doença, mas ela não é uma doença; é uma condição Nunca se deve usar expressões como: doentinho, bobinho, criancinha quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual. É importante também ressaltar que a deficiência intelectual não é uma doença mental.

O mito 3: as pessoas com deficiência intelectual são muito, ou totalmente dependentes.

A realidade 3: a pessoa com deficiência intelectual habilitada para o trabalho, geralmente, já freqüentou uma escola regular e/ou instituição especializada que a preparou para ser o mais independente possível. Portanto, em um ambiente corporativo, ela deve fazer sozinha tudo o que puder, e ser ajudada, somente se for realmente necessário. Não se pode sub-estimar nem super-estimar a capacidade dessa pessoa, porque suas habilidades não estão vinculadas, exclusivamente, às suas limitações. Existem pessoas com síndrome de Down, por exemplo, que são muito independentes, estudam, trabalham, andam sozinhas pelas ruas, se casam, tem vida sexual ativa, e ajudam a família. Existem também muitas pessoas com deficiência intelectual que vão e voltam do trabalho com total independência, além de terem autonomia para decidirem sobre sua carreira dentro de uma empresa.

O mito 4: as pessoas com deficiência intelectual só têm “condições mentais” de trabalhar em oficinas abrigadas, dentro de instituições especializadas.

A realidade 4: existem sim, pessoas com deficiência intelectual que devido aos seus comprometimentos e limitações se desenvolvem melhor trabalhando em instituição especializadas, mas isso, não tira o total direito delas participarem de processos de seleção, junto aos seus familiares e/ou profissionais especializados (conscientizados do processo de inclusão) – caso seja necessário – com o objetivo de verificar seus potenciais para determinadas funções. Trabalhar em sociedade, no ambiente de uma abriga, loja, ou escritório, por exemplo, é extremamente enriquecedor para todos. As pessoas com deficiência intelectual irão, finalmente, conquistar uma oportunidade de mostrar o quanto são capazes, e muitas vezes não puderam compartilhar suas habilidades com as que não tem deficiência. E as pessoas sem deficiência têm a grande oportunidade enriquecedora de conviver com personalidades, habilidades, e potenciais diferentes dos quais estão acostumadas, pois a sociedade sempre
marginalizou e segregou as pessoas com deficiência intelectual. Ninguém pode julgar uma experiência sem nunca ter realmente experimentado! Antes de dizer que um funcionário com deficiência intelectual não tem condições de exercer determinada tarefa é preciso realizar um teste, assim como são avaliados (além do período de experiência de 3 meses, segundo a CLT) outros candidatos sem deficiência quando vão concorrer a uma vaga de emprego.

O mito 5: as pessoas com deficiência intelectual são como crianças.

A realidade 5: uma pessoa com deficiência intelectual é uma pessoa com qualidades e defeitos. Quando criança deve ser tratada como a criança que é. Quando adolescente, ou adulto, deve-se tratá-la de acordo com sua faixa etária. A capacidade de interagir em sociedade, e conseqüentemente, no ambiente de trabalho deve ser avaliada hoje de acordo com os critérios da CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade - que equilibra fatores clínicos, comportamentais e sociais (adaptação comunicacional e atitudinal das pessoas que convivem com esse funcionário).

O mito 6: as pessoas com deficiência intelectual são mais agressivas e/ou muito carinhosas (“grudentas”).

A realidade 6: a agressividade é uma forma da pessoa administrar sua convivência na realidade, desenvolvida no período de sua história de vida. Não está associada a qualquer deficiência e pode ser característica de qualquer pessoa, tendo ou não uma deficiência. As pessoas com deficiência intelectual podem ou não ser muito carinhosas, como uma pessoa sem deficiência. Os comportamentos podem ser alterados de acordo com a necessidade de um grupo de pessoas, portanto, explicar ao novo funcionário com deficiência intelectual, caso seja necessário, que naquele ambiente de trabalho ele deve agir de determinada forma, é fundamental para um bom relacionamento com essa pessoa.

O mito 7: as pessoas com deficiência intelectual são “muito” inteligentes.

A realidade 7: muitas pessoas esperam menos da pessoa com deficiência, especialmente, a pessoa com deficiência intelectual. Assim, quando constatam nela capacidades e produtividade, é comum dizerem “são muito inteligentes!” Na verdade, super-avaliar a inteligência da pessoa é tão discriminatório quando sub-avaliá-la. A pessoa com deficiência intelectual pode vir a apresentar dificuldade para aprender, especialmente quando se trata de conteúdos e conceitos abstratos, ou que dela exigem maior memorização. Seu ritmo de aprendizagem também pode vir a ser menor. Porém, o mais importante a se saber é que para cada característica identificada, há uma forma para compensar a limitação e promover sua produtividade e funcionamento.

O mito 8: as pessoas com deficiência intelectual necessitam de super-proteção.

A realidade 8: Não. Impedi-las de experimentar a vida é negar sua possibilidade de alcançar níveis cada vez maiores de independência e de autonomia.

O mito 9: as pessoas com deficiência intelectual só podem fazer atividades repetitivas; e são mais produtivas em linhas de produção nas fábricas, por exemplo, porque se concentram mais nas atividades.

A realidade 9: existem pessoas com deficiência intelectual exercendo diversas atividades em vários setores nas empresas mais diferenciadas. Podemos encontrar professores, atores, modelos, office-boys, mensageiros, atendentes, metalúrgicos, cozinheiros, assistentes administrativos, auxiliar de serviços gerais, entre outras profissionais, com deficiência intelectual. O que deve ser avaliado, em primeiro lugar, é a capacidade de cada uma dentro de suas limitações, potenciais, qualidades, dificuldades, e características específicas. As atividades repetitivas podem ou não ser exercidas por pessoas com deficiência. Elas têm ou não habilidades com peças pequenas, por exemplo, como qualquer pessoa sem deficiência. Por possuírem diferenciações em seus graus de inteligência, não significa que se concentram mais em determinadas tarefas. O poder de concentração ou habilidade para determinadas atividades vai depender de vários fatores, principalmente, segundo o perfil profissional, e a qualificação. Existem pessoas com deficiência intelectual que são muito comunicativas e preferem trabalhar como mensageiros, por exemplo, mantendo um maior contato com as pessoas. Mas definitivamente, é preciso deixar completamente claro, que o perfil profissional não está ligado à deficiência intelectual. Não se pode admitir um funcionário com deficiência intelectual para uma determinada função porque se ouvir falar que ele é muito bom naquilo devido às características de sua deficiência.

O mito 10: pessoas com deficiência intelectual não podem sair da rotina; não tem capacidade de aprender e/ou se reciclar dentro do setor que trabalham; ou não podem mudar de função e/ou setor com freqüência por não se adaptarem com facilidade.

A realidade 10: pessoas com deficiência intelectual têm total capacidade de aprender funções novas e/ou exercer outra atividade, dentro de um mesmo setor da empresa ou em outro. É preciso acabar com a idéia de que esses trabalhadores aptos ao mundo do trabalho são completamente limitados. Manter um funcionário estagnado não é enriquecedor tanto para a empresa como para o trabalhador, que perderá ótimas oportunidades de expandir seus horizontes, conhecer novas pessoas, e principalmente, desenvolver outras habilidades. Também é errado afirmar categoricamente que as pessoas com deficiência intelectual não se adaptam aos novos ambientes. Em primeiro lugar, sempre é preciso perguntar ao profissional com deficiência se ele deseja e tem qualificação profissional para fazer essa mudança, depois é preciso deixar que ele se adapte com tranqüilidade, assim como um profissional sem deficiência faria. Nunca se pode dizer que algo não vai dar certo sem experimentar antes. Cursos de reciclagem devem ser oferecidos também para as pessoas com deficiência intelectual dentro de suas capacidades. Agora, é óbvio que as mudanças de setor e/ou de atividades devem ser feitas levando se em consideração os potenciais e limitações desses profissionais, para se evitar um processo inverso de exclusão, caso ele seja transferido para um setor no qual não tenham competências para executar seu trabalho com produtividade, assim como fazia no anterior. Mas caso o empregador e/ou profissional de recursos humanos tenha dificuldade para realizar essa transferência, uma boa avaliação psicológica e médica, junto a importante opinião de profissionais especializados em deficiência intelectual.


Só prcisamos respeitar a divercidade que é inerente ao ser humano




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